Cientistas usam fezes e nova técnica para datar a presença humana nas Américas

Cientistas usam dejetos e nova técnica para datar a presença humana nas Américas
Cientistas usam fezes e nova técnica para datar a presença humana nas Américas

Pesquisadores dos Estados Unidos e da Inglaterra divulgaram na publicação Science Advances um estudo científico que utilizou uma nova técnica para confirmar a autenticidade de restos de fezes fossilizadas encontradas em uma caverna no estado americano do Oregon.

Durante boa parte do século 20, os cientistas acreditavam que a presença humana nas Américas teria começado por volta de 13.000 anos atrás. Mas nos últimos anos, vários vestígios passaram a mostrar que essa presença era ainda mais antiga.

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Pesquisas anteriores já haviam utilizado a técnica da datação por carbono-14 para identificar a existência de detritos com pelo menos 14.000 anos. Embora essas análises tivessem identificado a presença de DNA humano, alguns pesquisadores levantaram a possibilidade de contaminação das amostras.

Para tentar acabar com as dúvidas, o novo estudo avaliou no lugar do DNA dessas amostras os biomarcadores de lipídios, que segundo os cientistas são menos suscetíveis à contaminação. Em 13 das 21 amostras, foram encontradas evidências que sugerem fortemente que elas foram produzidas por humanos.

O curioso é que em parte dessas amostras foram encontrados, ao mesmo tempo, lipídios associados a humanos e cachorros. Para os pesquisadores, uma possibilidade é o fato dos cães terem ingerido as fezes humanas, o que é um sinal de que esses cachorros já estariam domesticados e vivendo entre os humanos.

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